O nome Perfeito advém do latim: perfectum(neutro de
perfectus-a-um) que quer dizer “acabado”, “completado”, i.e., podemos dizer que
o pretérito perfeito exprime uma ação acabada num passado próximo.
O pretérito perfeito possui desinências definidas e é
produzido na forma simples ou composta. O ato de decorar as desinências
compulsoriamente foi muito utilizado nas escolas para a fixação do conteúdo.
Mais que decorar, o falante deveria ser incitado a entender o que diferencia
uma e outra forma de passado.
Cumpre salientar que o falante identifica o tempo em que se
passa a conversa com seu interlocutor e seleciona o Pretérito Perfeito para
indicar que uma determinada ação já foi concluída e utiliza a forma Simples ou
Composta para expressar o ocorrido.
A forma simples é expressa por desinências da seguinte forma,
1ª, 2ª e 3ª Conjugação: Rad. + VT + -i/-ste/-u/-mos/-stes/-ram. Por indução
fonética, na primeira conjugação a VT característica é o “a”, mas sofre
elevação para “e” em 1s; a manutenção da VT típica com a desinência “i”, em 1s,
gera a 2p do Imperativo Afirmativo. Há uma alteração da VT na segunda
conjugação de “e” para “i” que se aglutina com a desinência modo-temporal; como
a VT da terceira conjugação é o “i”, a crase verificada na segunda conjugação
reaparece na terceira.
Pode se confundir a 1p do Presente do Indicativo com a 1p do
Pretérito Perfeito nas três conjugações, é facultada a utilização do acento
agudo no PP na penúltima sílaba para a primeira conjugação, que no dia a dia
não é marcado. A 3p do PP é idêntica a 3p do PMQP.
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, na base
IX, 4.º, faculta o uso do acento agudo em 1p do PP dos verbos da 1ª Conjugação
(ex.: apanhámos ou apanhamos). Recomenda-se, no entanto, que o acento seja
mantido em Portugal para fazer distinção entre as formas não acentuadas do
presente do indicativo (ex.: ganhamos).
Na forma composta vemos a repetição de uma determinada ação
ou a sua continuidade até o momento de comunicação entre os falantes. A locução
verbal que indica um fato ocorrido no passado e sua possibilidade de repetição
até o momento atual. A formação do PP Composto se dá com “ter/haver” no
Presente do Indicativo + verbo principal no Particípio Passado.
Exemplos:
Jantei com Maria semana passada.
Vimos muitos filmes este ano.
Toda esta semana tenho estudado para as provas.
Tu tens andado ocupado
Ele tem falado...
Nós temos caminhado...
Jantei com Maria semana passada.
Vimos muitos filmes este ano.
Toda esta semana tenho estudado para as provas.
Tu tens andado ocupado
Ele tem falado...
Nós temos caminhado...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Dê-nos a sua opinião